quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Entrevista com o Escritor e Desenhista Silvio Ribeiro


- Ser escritor foi um objetivo, uma necessidade ou um acaso?

Na verdade, sou desenhista e pintor, escrever foi mais uma maneira de mostrar meu trabalho e passar conhecimento. Além disto, meus primeiros escritos começaram com roteiros para minhas próprias histórias em quadrinhos. Queria fazer os desenhos, mas precisava de um texto aí acabei fazendo tudo e gostando.

- Além de se dedicar à escrita, que mais preenche o seu tempo livre?

Trabalho há mais de 20 anos como Editor de Arte, onde faço projetos gráficos para revistas, jornais e outras publicações, além de muitas ilustrações. A arte para mim não é trabalho e sim diversão, por isto quando tenho tempo livre me dedico a dar continuidade ao que gosto que é pintar, desenhar e fazer uma HQ, sempre pensando em uma publicação futura. Quando tenho os trabalhos prontos os textos saem naturalmente. Costumo trabalhar assim, primeiro faço a ilustração e depois crio o texto baseado nela.

Lápis

- Que lugar ocupa a leitura na sua vida?

A leitura tem um lugar importantíssimo na vida de um artista, que se dedica a criação. Gosto muito de história geral e tirando os livros de arte, esta talvez seja a minha principal leitura e fonte de inspiração.

- Quais autores são suas fontes de inspiração?

Os livros que tenho feito são todos destinados ao ensino da arte e por esta razão, minhas influências são todas de artistas como desenhistas e pintores. Se tivesse que citar três diria Harold Foster, Frank Frazetta e Andrew Loomis, apesar de admirar outros tantos.
Nanquim

 - Você ensinar sua arte oferecendo cursos de desenho, correto? E qual técnica utiliza?

Além do meu livro “Curso Completo de Desenho Artístico”, tenho ministrado alguns workshops, por enquanto só de nanquim e pintura a óleo, mas tem outras modalidades previstas para 2016. Eu trabalho principalmente com grafite, nanquim e tinta a óleo, mas também faço ilustração digital.

- Determine-nos o que é literatura ilustrada?

Eu sou meio suspeito para falar sobre literatura ilustrada. Eu por exemplo, não consigo pegar um livro de 500 páginas para ler que não tenha figura. A literatura ilustrada pode ter diversas formas, desde as HQs até livros ilustrados ou mesmo os livros infantis. No primeiro caso o texto e a imagem dividem espaço, talvez com uma pequena preferência para a imagem. Já no segundo exemplo, quem ganha mais força é o texto e a imagem serve apenas para quebrar um pouco a leitura e descansar o leitor. Nos livros infantis muitas vezes há pouquíssimo texto ou nem há e tudo fica por conta da ilustração. Acho que existe diversas força de literatura ilustrada, estas são apenas algumas analisadas rapidamente.

Óleo 

- Para finalizar, qual recado você deixa para os leitores do Jornal Visão Cultural?

Acho que o principal é sempre a busca pela informação. Eu sou de uma época em que não havia internet e qualquer coisa que se desejasse saber era preciso cavar fundo. Hoje, com toda a tecnologia que temos tudo é mais fácil. Claro que sempre é preciso ficar alertas, pois apesar de encontrarmos muita coisa boa na internet, também encontramos pessoas ensinando coisas erradas. Para tudo na vida é bom manter certo ponto de senso crítico, por isto eu recomendo o Jornal Visão Cultural, pois sei que aqui tem pessoas sérias trabalhando, que assim como eu, tem amor pela sua arte. 










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